sexta-feira, 16 de junho de 2017

Moda: A Nëphëw lança nova coleção de streetwear e a gente já quer ir pro rolê usando

Nëphëw é uma marca mineira de streetwear que mora nos nossos corações. Moderninha, antenada, confortável, criativa… Sempre lançando bagulho novo, sempre buscando uma vibe fresh que é a cara de uma nova moda que passeia por vários lugares: do trabalho à balada, do treino à padaria. Tudo, claro, muito gostoso de vestir, com caimento massa, em sintonia com as ruas e com uma pitada de cultura pop também.



Porque a Nëphëw, aliás, tem essa coisa urbana totalmente enraizada. Criada pelo Vitor Sobrinho, que é também DJ, a marca incorporou as referências musicais de seu fundador e seu lifestyle, indo na contramão de uma coisa mais, digamos que, tropicalista. Vitor gosta de estampas provocadoras e instigantes e de juntar roupa com arte. É bem jovem, ligada nas tendências, mas tem DNA próprio.






E falando nisso, a marca acaba de lançar sua nova coleção, que rendeu o prêmio do Minas Trend Preview de Empresa Tendência 2017. “Nessa campanha trouxemos toda a agressividade do street produzido pela marca, aliada ao minimalismo e valorização de texturas e acabamentos”, nos contou Vitor. “Usamos um mix de veludo com moletom, cadarços e ilhós em modelagens amplas e oversized”, explica. Os moletons, por sinal, são ponto forte da coleção! Destaque também para os acessórios, todos mara.






á queremos o próximo rolê pra ir de Nëphëw kkk.
Fotos: Henrique Falci Stylist: David Souza Make: Noeli Francis Modelos: Fernando Bezerra & Lara Lisboa Texto: Caio Braz

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Looks do renomado estilista João Pimenta ~ SPFW, VERÃO 2017 RTW

JOÃO PIMENTA 

João Pimenta é o nome mais radical da moda masculina brasileira hoje. Radical porque ele é fiel às suas crenças de estilo, que começaram com um primorosamente bem executado mix de referências femininas bem marcantes (pense em corsets, nas curvas do corpo da mulher, em babados, bordados decorativistas) em sua moda masculina, evoluíram para uma roupa desejável por homens que buscam peças exclusivas e que saiam do comum e, nesta coleção, se firmaram num conceito de streetwear couture com forte apelo de alfaiataria – DNA de João -, desfilado por homens mas que poderia muito bem ser vestido por mulheres, o que já fazem as clientes do estilista.
Nesta coleção, João ganhou uma nova parceria, a do stylist Daniel Ueda. A dobradinha dos dois levou a um feliz resultado da conexão de dois grandes talentos em diferentes áreas mas com pontos importantes de convergência: Ueda sabe apreciar um bom maximalismo e exuberância decorativista, além de ter um olhar de styling sem preconceitos, importante para entender o trabalho de João. Ao mesmo tempo, tem um olhar prático e conectado com o desejo de consumo do momento, o que tornou possível uma guinada nesta temporada rumo a uma coleção superelaborada mas mais próxima do cliente que aprecia roupas especiais, tendência em alta especialmente entre o público masculino.
Outra novidade na passarela do estilista foi a participação de quatro paraatletas medalhistas de ouro em campeonatos mundiais e panamericanos na abertura do desfile. Emocionante a entrada de todos, vestindo belamente os looks da coleção, ao som, ao vivo, da orquestra baiana do projeto Neojiba, que ensina pessoas de baixa renda não só a tocar, mas a confeccionar seus próprios instrumentos à base de plástico. Elizabeth Rodrigues Gomes, campeã de arremeso de peso e lançamendo de dardo abriu o desfile de cadeira de rodas (ela tem esclerose múltipla), seguida da corredora e saltadora com deficiência visual Silvania Costa de Oliveira e seu guia Wendel de Souza Silva, do corredor e saltador Mateus Evangelista Cardoso (nasceu com paralisia cerebral) e do lançador de disco e de dardo Claudiney Batista dos Santos (não tem uma perna).
Na coleção, a ideia dos uniformes (“porque trazem esse conceito de roupa sem gênero”, diz João) permeia os looks, com influência militar e quase todos os tecidos confeccionados especialmente para o estilista, incluindo materiais especiais como os paletós, calças e bermudas feitos de tecido de rede (aquela, de se balançar mesmo) confeccionados por comunidades sustentáveis da Paraíba. De lá também saíram os looks criados a partir das franjas das redes. Já as belas jaquetas brilhantes metalizadas foram feitas a partir de um tear de fitas de VHS (!).
Nos bordados, há referências a Bispo do Rosário e também ao momento de crise e angústia no país, o inicial ponto de partida de João, e que resultou em bordados de linha de pedaços de corpos humanos, como o estômago na jaqueta jeans e o pênis na camisa. A ideia era continuar com esses bordados, mas com a entrada, há um mês, de Daniel Ueda no time, os dois repensaram vários pontos juntos, fizeram novas peças, mantiveram os bordados, mas em apenas dois looks e chegaram a um novo caminho. Valeu a pena. (CAROLINA VASONE)
A moda masculina tem ficado muito mais criativa e intuitiva como João Pimenta tenta encrementar nas suas peças.
DIREÇÃO CRIATIVA
João Pimenta
STYLING
Daniel Ueda
BELEZA
RetrôHair
DIREÇÃO DE DESFILE
Paulo Borges
INSPIRAÇÃO
Uniformes, momento de crise como oportunidade de reforçar a criatividade
MATERIAIS
Redes usadas como tecido, jacquards, bordados, tear de fitas de VHS (isso mesmo!), tecidos de alfaiataria, moletom, malha, algodão